PROGRAMAÇÃO

Curso
FILOSOFIAS ESPIRITUAIS CENTRO-AFRICANAS
Com Rafael Galante

FILOSOFIAS ESPIRITUAIS CENTRO-AFRICANAS NOS REINADOS DAS IRMANDADES DE HOMENS PRETOS DO SUDESTE DO BRASIL

Quartas-feiras, 5, 12 e 19 de fevereiro, das 19h às 21h

| Vagas: 40* | 


Essa atividade visa apresentar alguns dos fundamentos histórico-culturais centro-africanos incorporados, transformados e (re)criados no interior das irmandades católicas de homens pretos no Brasil desde o século XVII. São essas instituições negras centenárias que na região Sudeste, especialmente no estado de Minas Gerais, salvaguardam o complexo do universo de tradições culturais dos chamados reinados, também conhecidos como "congados", onde, ainda hoje, são celebrados o legado civilizatório ancestral dos povos centro-africanos e a resistência cultural destes africanos escravizados oriundos do antigo reino do Kongo e principalmente das sociedades da região centro-sul de Angola, assim como das lutas quilombistas das várias gerações de seus descendentes no Brasil. O curso visa descontruir a ideia infelizmente ainda bastante difundida de que o processo de formação do(s) cristianismo(s) afro-brasileiro(s) seja resultado de um simples processo de aculturação dos africanos escravizados a cultura religiosa branca dominante, mostrando que, ao contrário, ele é fruto de uma complexa rede de relações atlânticas que tem como vetor histórico principal a incorporação cultural seletiva por parte das sociedades centro-africanas (especialmente no reino do Kongo) de inúmeros elementos do cristianismo, bem como do mundo medieval mediterrânico, a partir do final do séc. XV. 


Cronograma das atividades:


05/02 - “Essa gunga veio de lá...” - Os universos culturais da África Central ocidental e os processos de reafricanização do cristianismo medieval mediterrânico no reino do Kongo a partir do final do Século XV;

12/02 - No reino de Manganá Mussambi: As irmandades de homens pretos e a diáspora centro-africana no sudeste do Brasil;

19/02 - “Vovó não quer casca de coco no terreiro...” – Os candombes e os njongos nas lutas políticas dos reinados afro-sudestinos no período pós-abolição.


Rafael Galante é historiador e etnomusicólogo. Mestre e doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo, onde está realizando a pesquisa: “Iconografia musical do Atlântico Negro: Brasil - África Central e Austral, um inventário analítico (Sécs. XVI-XIX)”. Em 2014 esteve como professor visitante do Departamento de Português e Espanhol da Univ. Smith College, em Massachusetts, EUA e no segundo semestre de 2017 esteve como pesquisador visitante no departamento de História da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, Moçambique. Já realizou cursos sobre seus temas de pesquisa em diversas instituições culturais públicas e privadas, dentre elas o Museu de Arte de São Paulo (MASP), Fundação Ema Klabin, Centro de Pesquisa e Formação do SESC-SP, Acervo África, Centro Cultural Vale Maranhão, Universidade Eduardo Mondlane, Universidade Estadual Paulista (UNESP).  Realizou pesquisas de campo sobre música, religião e cultura popular em comunidades quilombolas e tradicionais do Brasil, de Cuba e de Moçambique, investigando sempre a presença cultural africana nos processos históricos de formação das culturas musicais e identidades afro-diaspóricas no âmbito do espaço atlântico.


*Haverá emissão de certificado ao aluno que obtiver 75% de frequência na atividade.

*Inscrições encerradas. Para lista de espera, clique aqui




Foto: Acácio Pinheiro/ MinC


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